1.5
“Of course, I’ll always love you… in a way.(…) Because I’m… tired of pretending to be something I’m not, Bella.”
Stephenie Meyer - New Moon
1.5 ; Acredito que isto seria algo que seria dito.
O tic-tac do relógio invade-me a mente ao tentar fazer que o tempo passe por entre o desespero de apenas sombras e memórias permanecerem. O que se encontra por entre as cinzas do meu coração ardido? Sem que eu tenha consciência, sem que eu entre num coma intelectual e apático de espírito. A tua passagem poderia ser tão efémera aos meus olhos, insignificante aos teus olhos mas definida como infinita na minha vida. Porque será sempre o sorriso que verei em mim, gravado nos meus sonhos, nas minhas ilusões, nos meus profundos desejos.
A mágoa do movimento que circunda cada momento perdido encontra-se na busca pela solução do que não pode ser solucionado pelos outros, pela fraqueza de espírito da cobardia que corrompe. A máscara que encobre o meu rosto demonstra-se fissurada, mas atenta, não quebrada. Máscara arruinada pela partida precoce da sua metade que deixou descoberta a sua carne, a sua alma, exposta ao Mundo e ao tempo cruel. Uma partida não só emocional, mas em breve a partida permanente da carne. A indiferença da metade não faz a parte desfigurada não precisar da sua presença. O que fazer? Lágrimas de sangue percorrem a carne queimada pela Luz da Lua, só as doces pétalas das árvores podem curar a sua dor. As mesmas pétalas na sua imagem, as mesmas pétalas no seu cabelo, o mesmo cheiro e o mesmo sorriso de menina, consumido pelo que passou e não a solta. Os demónios do relógio.
Tic-tac.
Mais uma racha, mais uma ferida aberta pela solidão, falta de presença e consumismo alheio.
Tic-tac.
1.5 ...
“I can't feel my senses
I just feel the cold
All colours seem to fade away
I can't reach my soul
I would stop running
If I knew there was a chance
It tears me apart to sacrifice it all
But I'm forced to let go”
Within Temptation - Frozen
Excelente música. Devia de estar a preparar-me para uma Simulação de uma Assembleia que haverá na Quarta, mas a minha mente precisava de um intervalo para auto-expressar o que não posso dizer claramente. E mesmo assim, talvez nunca expresse verdadeiramente o que me ofusca, porque nunca será lido por quem deveria. I'll keep searching the good way, then.
Frozen
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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3 responses to Frozen
Nunca conseguimos realmente expressar o que queremos. E nunca conseguem realmente perceber aquilo que queremos expressar aqueles que nos lêem. É uma fatalidade inglória com que sempre nos depararemos. É a incompreensão incompreensível de uma incapacidade que nos transcende. Deixa lá ... todos pecamos pelo mesmo: de maior ou menor medida. O que importa é nunca deixar de tentar. ;)
os sentimentos são demasiado complicados de verbalizar...
Nossa adorei!
e MUITO muito obrigada pelas palavras no meu blog, sempre me ajudam!
Boa semana e beijos =]
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